Progresso de leitura

Honrarás a teu pai e a tua mãe para teres uma dilatada vida sobre a Terra…

(Êxodo, 10:10)

Quando se aproxima o Dia das Mães, procura-se enaltecer o valor das mães na educação de seus filhos. Entretanto, ser filho também é um grande aprendizado individual.

Não basta saber que se tem pai e mãe. Ser filho é compreender que é preciso amá-los e respeitá-los, principalmente na velhice, proporcionando-lhes conforto e alegria nesse final de vida.

Quando fomos crianças, era fácil ser filho, já que nossos pais estavam sempre a nos amparar e orientar, demonstrando amor e carinho constantes, além de nos educar e das brincadeiras com que sempre nos divertiam.

Porém, na medida em que crescemos e atingimos a juventude, os prazeres do mundo passaram a dividir nossa atenção e, muitas vezes, nos esquecemos das demonstrações de carinho e passamos a lhes cobrar atenção, de forma redobrada, desejando que nos fizessem a vontade, mesmo que não fosse o que eles queriam para nós, por saberem não ser para o nosso bem.

Ser filho, quando nos tornamos adultos, pelas inúmeras obrigações que a vida nos acarretou, deixamos de ter como prioridade, as demonstrações de amor e carinho para com os nossos pais e nos esquecemos de ensinar esse dever aos próprios filhos que a vida nos tenha proporcionado.

Ser filho é saber respeitar os pais, também na velhice, mesmo sem esperar que nossos filhos, no futuro, tenham o respeito como um dever para conosco.

Ser filho, na velhice, é chorar às escondidas, pelo arrependimento de não lhes ter ensinado, quando ainda crianças, o respeito que por nós deveriam ter, por agora compreendermos ser tarde demais.

Portanto, se ainda não somos, antes de nos tornarmos pai ou mãe, que saibamos demonstrar carinho e amor, pelos nossos pais, se ainda os tivermos, através do respeito e atenção que merecem, pois foram eles que nos proporcionaram a oportunidade de reencarnar neste mundo, para podermos evoluir.

LÚCIA COMINATTO no livro Movendo montanhas