O amor é paciente, é bondoso; não inveja, não se vangloria, não é orgulhoso.
Paulo (I Coríntios 13:4)
Têm muitas coisas de que ainda temos vergonha de falar, e se falamos, falamos baixinho ou com a mão na boca. Por exemplo, sobre sexo, orgasmo, câncer, morte, e outros temas…
A educação faz a diferença, e falar é importante. Se você não quer adoecer, fale de suas dificuldades e de suas limitações. Ninguém é perfeito, mas caminhamos para alcançar esse estágio.
Lembrando o Nazareno: aprenda com os outros, aprenda com a natureza. Esse jovem belo e sábio, Jesus, nos disse: “Olhai os lírios do campo… Olhai as aves do céu…”.
Fonte de prazer e saúde
O “dia do sexo” é marcado como 6 de setembro (6/9, uma clara alusão à famosa posição sexual).
Sexo é uma coisa divina. Por ele renascemos na Terra, com a consequente gravidez. É também um estabilizador emocional das pessoas. O sexo pode ser fonte de prazer e saúde, como complemento físico do amor, que é atração emocional e espiritual.
Depois do casamento, a paixão inicial vai perdendo a intensidade, e o relacionamento tende a ser mais amigável que antes – a primeira fase é mais eufórica, carnal.
Para alguns casais, com o tempo o sexo perde um pouco daquela sensualidade, e não tem a intensidade e qualidade de antes. Para outros, não; mais amadurecidos e sabendo o que os parceiros gostam, tornam-se mais espaçadas porém mais prazerosas as relações.
Algumas mulheres sofrem mais, porque precisam das atenções preliminares, do carinho, do afeto, da conversação. E muitas mulheres reclamam que o marido só fica mais atencioso e dá carinho quando quer sexo…
A morte do amor
Algumas redes de sex shops da Inglaterra criaram informalmente o Dia Mundial do Orgasmo, 31 de julho. Esses estabelecimentos realizaram pesquisas com o público, em que se revelou que 80% das mulheres inglesas não atingem o clímax durante o sexo.
Uma pesquisa da Organização Mundial da Saúde constatou que em países do primeiro mundo o número de homens com problema de ejaculação precoce pode chegar até 70% e que as mulheres que têm dificuldades de chegar ao orgasmo é de 50%. Elas parecem viver esse conflito; sentem-se frígidas ou rejeitadas, passam a achar que têm problema ou são doentes, quando apenas não conseguiram conhecer melhor sua sexualidade, e talvez o companheiro não conseguiu conhecer suas necessidades de afeto, carinho e preparação.
Uma jovem, conversando com sua avó sobre as dificuldades que sentia na atividade sexual com o esposo (em completar a relação com o orgasmo), confessava que mentia para satisfazer o companheiro. Ao que a avó, mãe dez filhos, disse: “Minha neta, não faz isto. Deixa o ‘cabra’ sofrer e perceber que ele não está dando conta do recado. Você, uma moça tão jovem e bonita, merece ser atendida”.
O casamento não pode ser a morte do amor, e sim a arte de namorar e viver bem a dois.
ARNALDO DIVO RODRIGUES DE CAMARGO é editor da Editora EME
Para saber mais, leia:
Desafios da sexualidade – Dr. Alexandre Peres
Existe vida… depois do casamento? – Dr. Francisco Cajazeiras, prefácio de Dora Incontri
Felizes para sempre – Jamiro dos Santos Filho
Gestão de crises emocionais – Dr. Donizete Pinheiro
Superando a ansiedade – Eulália Bueno
Vida a dois – Jamiro dos Santos Filho