Progresso de leitura

A maternidade, atualmente, tornou-se uma escolha das mulheres; ontem, era uma fatalidade. A América inventa o “Dia das Mães”, nos anos 20, mas é o governo de Vichy que promulga uma Lei para instituí-lo. A limitação da natalidade aparece nas sociedades ocidentais a partir do Renascimento, mas, na França, já existia no século XVIII.

O renascer na Terra deve ser respeitado porque, segundo nos informam grandes mestres espirituais, estamos numa época em que se está processando a transição planetária.

Em O Livro dos Espíritos, na questão 693, em resposta à pergunta de Kardec, lê-se: “Deus concedeu ao homem, sobre todos os seres vivos, um poder que deve usar para o bem, sem abusar. Ele pode, pois, regrar a reprodução segundo as necessidades, mas não deve entravá-la sem necessidade”.

Entendemos que a solução dos problemas depende de considerarmos os aspectos morais, não deixando de se proporcionar à maternidade condições físicas e espirituais, para que os  espíritos reencarnantes se melhorem.

Existem muitos métodos anticoncepcionais, mas o uso deles deve ser da competência do casal, que possa decidir, de forma consciente, procurando levar em conta as implicações físicas e espirituais de cada caso. Parece-nos que a natalidade descontrolada, em meio à situação econômica mundial, não trará melhoras para o novo hóspede da Terra. Por outro lado, sabemos da necessidade da reencarnação para muitos espíritos, que aguardam ansiosos por uma oportunidade de retorno.

A história registra muitas mulheres que, embora mães, souberam conciliar o trabalho que lhes oferecia a demonstração de sua personalidade, com as tarefas amorosas e educativas do lar.

Valorizemos aquelas que, sem terem logrado a maternidade física, adotaram filhos alheios, dando-lhes amor e educação, conseguidos à custa de renúncias e sacrifícios e que foram premiadas com o encaminhamento dessas almas para tarefas úteis à sociedade.

THEREZINHA RADETIC no livro Mulher – uma visão histórica e espiritual (adaptação)