Na entrevista abaixo o médium PEDRO SANTIAGO nos fala sobre Que queres que eu faça?, seu novo romance, onde uma jovem romana está disposta a largar sua vida de conforto ao lado do seu marido a quem amava, para peregrinar e espalhar a boa-nova.
Pedro, que atua como locutor e apresentador na Rádio Educadora de Salvador, onde reside atualmente, conheceu e identificou-se com a doutrina espírita quando de sua busca por ensinamentos espirituais. Hoje, é palestrante e se dedica ao esclarecimento espiritual em sessões de desobsessão.
Confira a entrevista:
Qual a principal motivação para escrever Que queres que eu faça?
A motivação para o desenvolvimento de qualquer projeto fundamenta-se no objetivo a ser alcançado. No presente caso, a intenção é levar o leitor a refletir sobre a importância dos ensinamentos de Jesus, no despertar das potencialidades interiores.
O que o leitor encontrará neste romance?
A presente história, além demonstrar a transformação da criatura humana ao atingir a iluminação pelo amor e a eficácia do perdão no restabelecimento da paz, menciona a importância do firme discernimento para atingir o objetivo desejado. Durante a leitura, o leitor será conduzido ao tempo e cenário dos caminhos por onde passou Jesus, até coroar a sua missão, heroicamente, no alto do Gólgota e ainda a certeza de que, quem já O conheceu, jamais o esquecerá, conforme os exemplos dos principais personagens da história, antes e depois de Jesus.
Durante a psicografia você teve algum contato com os personagens e com o ambiente da história?
Do ambiente sim. Mas dos personagens, pude registrar, apenas as imagens e as expressões de cada um deles durante os diálogos, conforme a exteriorização mental do espírito Dizzi Akibah, que ouviu a narração da história, feita pela personagem Thaisis, na esfera espiritual, onde ela, atualmente, se encontra. Todavia, há três situações na história, que me causaram forte impressão e profunda emoção: A primeira ocorreu quando Dizzi Akibah o autor espiritual, me passou com impressionante nitidez, a imagem do Divino Mestre, com Thaisis ajoelhada aos seus pés. Acena aconteceu sob a copa de uma árvore, na margem de uma estrada próximo de Emaús. A segunda ocorreu no Calvário, durante crucificação e morte de Jesus na cruz. Foram imagens impressionantemente belas, registradas pela vidência de Thaisis. E a última, ocorreu na Arena do Circo de Roma, onde os cristãos eram sacrificados.
Thaisis, personagem central, possui o dom de se desdobrar espiritualmente. Explique como se processa isso.
O desdobramento se dá, inicialmente, com o afrouxamento dos laços fluídicos que ligam o perispírito, (corpo espiritual) ao corpo físico. O cordão fluídico, composto de uma matéria elástica com poderes de expansão que transcendem os cálculos humanos, permite que o espírito se desloque a grandes ou pequenas distâncias, a depender do patamar evolutivo. No caso de Thaisis, ela podia se deslocar às longas distâncias, por se tratar de um espírito de admirável iluminação. Enquanto que, há espíritos que não conseguem ir além de alguns metros ou quilômetros, do local onde se encontra o corpo físico.
O desdobramento é perigoso?
Perigoso não, já que há um momento em que o espírito em desdobramento, passa a sentir uma forte atração (repulsão) como aviso, que chegou momento dele voltar para o corpo físico. Todavia, segundo o espírito Miramez, são ainda poucos os que conseguem ultrapassar a atmosfera da Terra. Já que depende da condição evolutiva, a grande maioria não consegue e, se por ventura não considerar a “repulsão” como aviso de retorno e tentar, poderá provocar a ruptura do cordão fluídico e a consequente desencarnação.
Casada com um soldado romano, Thaisis precisa escolher entre o amor pelo marido e o amor pela mensagem de Jesus. Como devemos nos portar quando os deveres sociais nos levam a vivenciar situações das quais discordamos intimamente?
Para nos situarmos, é de bom proveito que, antes, observemos se esses deveres sociais se apresentam como simples convenções ou se nos chegam na qualidade de colheita da nossa própria sementeira.
Como devemos agir diante de nossos conflitos íntimos?
O conflito íntimo pode ser comparado a um circuito. O melhor caminho para interrompê-lo, é a busca, pela prece, de um discernimento consciente e identificar as situações íntimas que tentam sobrepor uma as outras e por isso mesmo, não fluem como ocorre com a energia elétrica através dos condutores.
No nosso cotidiano nos deparamos com diversas situações que nos levam a dúvidas e escolhas. Como não ter conflitos numa sociedade que nos traz insegurança?
Se nos deixarmos conduzir pelas diversas situações que nos surgem cotidianamente, estaremos na mesma condição do barco a deriva nas ondas do mar, o que demonstra a necessidade de uma introspecção, cuja finalidade é sempre o autoconhecimento que pode, por sua vez, proporcionar mais firmeza e segurança nas ações. E, acima de tudo, levar em conta que ninguém sofre sem que haja merecimento, pois a justiça divina é perfeita.
Que soluções e/ou caminhos nos pode sugerir o espiritismo diante das escolhas cotidianas?
Os ensinamentos e os exemplos do Divino Mestre.
Em Que queres que eu faça? Thaisis deseja espalhar a Boa Nova. Atualmente, na sua opinião, qual seria a melhor forma de divulgar a palavra de Jesus?
Dentre outras, cito a que a doutrina espírita vem adotando, especialmente no Brasil de onde já são enviados para quase todo planeta, os ensinamentos de Jesus, através das redes de TV online, sem esquecer dos milhares de edições de livros e do importante trabalho de dezenas de seguidores da doutrina Espírita que na condição de palestrantes, levam mundo a fora, as lições luminosas do Divino Mestre, sob a ótica espírita.
Se Jesus retornasse nos dias de hoje, seria reconhecido como Mestre ou seria crucificado de novo?
Se renascesse onde as sementes por Ele mesmo semeadas, já houvessem germinado florescido e frutificado, como vem ocorrendo em vários países cristãos a exemplo do Brasil, certamente, Ele seria reconhecido como o Mestre Maior. Mas isso, provavelmente, não ocorreria em grande parte do mundo onde, até agora, os seus ensinamentos não foram aceitos. E considerando que a crucificação de Jesus, no Calvário, não ocorreu pela simples vontade de quem o condenou, pois se ele quisesse mudaria toda aquela situação, concluo a resposta com a seguinte pergunta: que continuaria Jesus fazendo na Terra, depois ter cumprido a missão para qual, foi enviado por Deus?
Deixe uma mensagem para os leitores e leitoras:
Que não nos intimidemos, seja qual for a situação que, por ventura, estejamos experimentando. Melhor, em vez disso, é considerar os esclarecimentos de Jesus, alusivos ao amor, como a recomendação de amarmos ao próximo, enxugando lágrimas, levantando os que tombam fragilizados, durante a colheita da própria sementeira e deixar que o amor se expresse como braços que abraçam, mãos que amparam e palavras que consolam, já que o amor não é uma simples condição disponível ou não, à criatura humana. Ele se expressa em toda obra da criação, do átomo aos grandes turbilhões de estrelares (micro ao macro) e do germe ao anjo. E, considerando a afirmação do apóstolo João Evangelista, de que Deus é amor, podemos assim entender, que o amor é Deus criando, dirigindo, unindo e conservando. Paz, amor e alegria, num abraço afetuoso, a todos vocês leitores amigos, que vêm nos acompanhando nesse trabalho, que nos empenhamos, de divulgação da doutrina espírita.
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