Progresso de leitura

Outro forte indício de que os homens sabem a maioria das coisas antes do nascimento está nas crianças que aprendem coisas com enorme rapidez, o que demonstra que não as estão aprendendo pela primeira vez, e sim relembrando-as.

Cícero (105-43 a.C.)

Acusado de ser gorduroso e contribuir para o aumento do colesterol indesejável, passou o chocolate de vilão a herói, amigo do coração.

Conhecido desde 1500 a.C. e originário de uma região da América Central (México, na atualidade), foi muito usado pelas tropas norte-americanas, em 1940, como ração “D”, nutritivo para situações de emergências.

Os franceses, em 1985, estudaram os efeitos de uma substância encontrada no cacau, a feniletilamina, que o tornava irresistível. E somente na década de 90 o chocolate amargo foi reconhecido como amigo do peito, para os que têm predisposição às afecções cardíacas.

A Universidade de Connecticut, nos Estados Unidos, reconheceu seus efeitos benéficos para os atletas, na recuperação muscular, facilitando a reposição do glicogênio, principal combustível das fibras musculares durante as atividades físicas. O chocolate compõe-se de açúcares, gorduras, emulsificantes. Nos achocolatados, misturados ao leite, contêm cálcio.

Pesquisadores da Universidade de Middlesex, na Inglaterra, concluíram que o chocolate combate o mau humor, com menos estresse e mais satisfação. Estudos da Universidade de São Paulo constataram redução da incidência de eclampsia nas gestantes que ingeriam cacau.

O uso do chocolate amargo, segundo a Universidade Real de Copenhague, antes do café matinal, reduz o apetite, causando, consequentemente, emagrecimento.

Reduzindo a pressão arterial no abdômen, contribui para evitar sangramentos e até cirrose hepática, afirma o dr. Mario Guimarães Pessoa, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Hepatologia.

À mesma conclusão chegou o epidemiologista Brian Buijisse, do Instituto Alemão de Nutrição, quanto à redução da pressão arterial.

Estudos com 31 mil voluntários, realizados pela Universidade de Harvard, em parceria com uma instituição sueca, concluiu que mulheres que ingerem chocolate amargo em até duas vezes por semana, são menos predispostas às disfunções cardíacas.

Ingerir chocolate ao menos uma vez por semana reduz o risco de derrame e isquemia cerebral, de acordo com estudos da Universidade McMaster, do Canadá.

O efeito agradável, de prazer, acalma e produz um bem-estar indizível. Todavia, advertimos aos chocólatras, como são chamados os viciados: o recomendável é o amargo, tanto o meio amargo, como os que detêm 90% de amargor, isto é, sugar free, pouco ou nenhum açúcar. E com moderação.

Essa ideia de moderação aplica-se a quase tudo em matéria de alimentação. Pois, até água, em excesso, pode prejudicar o organismo.

JOSEVAL CARNEIRO no livro Seja feliz agora