É A LEI: IREMOS PELO AMOR OU PELA DOR

Ilustração: Dan Page (https://www.danpage.net/)

Progresso de leitura

 

Renascer… eis a vida, o progresso incessante, o eterno evoluir, eis a lei do Criador! Eis do mestre Jesus, como luz rutilante, o ensino imortal no evangelho do amor. Renascer… eis a lei imutável, constante, pela qual nosso eu no cadinho da dor, em sublime ascensão pela luz deslumbrante, subirá para Deus, nosso Pai e Senhor…

Chico Xavier

 

Aprendemos que ninguém fica estacionário por muito tempo diante da sabedoria de Deus. Todos somos impulsionados para a meta que é busca da felicidade e da perfeição. A caminhada é longa e, quanto mais nos dedicarmos ao aperfeiçoamento pessoal, ético e moral, consubstanciado na prática do bem, mais nos aproximaremos dos seres de luz que convivem próximos a Jesus.

Somos todos transmissores

Somos todos transmissores. Podemos e devemos transmitir boas palavras e boas atitudes, emanar esperança, vibrar com coragem e fé; lembrando que a palavra pode convencer, mas o exemplo arrasta. Quase cinco séculos antes de Jesus, o sábio chinês Confúcio tinha essa consideração: “O homem superior age antes de falar e depois fala de acordo com suas ações”.

Francisco de Assis, encaminhando seus discípulos para levar a mensagem do Evangelho e curar os enfermos, recomendava: pregue a mensagem com suas ações e, só se necessário, use a palavra, exigindo deles o exemplo da vivência do que pregavam. Dessa forma, acreditemos que o amor não mora nas palavras – o amor mora nas atitudes, que edificam a nós e aos outros.

O Nazareno já orientava: quem deseja me seguir que carregue sua cruz. Quer dizer que teremos que lutar contra nós mesmos para sermos fiéis seguidores e imitadores das atitudes do Cristo. Ele nos disse, também, “vós sois luzes”. Ser luz não é sobre brilhar e sim sobe iluminar caminhos, nosso e daqueles que nos seguem. Portanto, trabalhemos, se possível apaixonadamente, pelo processo de nos tornarmos a melhor versão de nós mesmos nesta presente encarnação.

Nosso melhor lugar

Nosso melhor lugar é onde nos encontramos agora, e precisamos desempenhar o nosso melhor. Sabemos que somos essência divina; entretanto, espíritos perfectíveis, ainda com muitas limitações. Por este motivo, devemos estar preparados para aceitar o próximo e perdoá-lo, porque, como nós, eles também ainda caminham na estrada da imperfeição. Assim, usemos simpatia para com todos e, especialmente, com aqueles de nossa casa e família; se Jesus recomendou que nos amássemos, com que amor não devemos corresponder àqueles que fazem parte do círculo de nossa convivência? É o meu objetivo – ainda não alcançado, mas almejado.

A memória do coração

Quando acordamos, qual é o nosso pensamento? Devemos lembrar sempre que os pensamentos criam nossas realidades, e a gratidão eleva nossa alma e nossa mente, aproximando-nos de Deus e de nosso anjo protetor. Gratidão e humildade são a memória do coração.

O apóstolo Paulo (Atos 20:35) afirmava que “é mais bem-aventurado dar do que receber”. Como tudo pertence ao Pai, nós somente possuímos o que damos. Emmanuel, explicando a lei do retorno, diz: “Que gênio milagroso te doará o equilíbrio orgânico, se não sabes calar, nem desculpar; se não ajudas, nem compreendes, se não te humilhas para os desígnios superiores, nem procuras harmonia com os homens”?¹

Qual caminho estamos elegendo para nossa vida: o da dor ou o do amor?

Porque tudo que semearmos certamente colheremos. O que conta é o que espalhamos e não o que ajuntamos.

 

ARNALDO DIVO RODRIGUES DE CAMARGO, diretor da Editora EME

 

¹Emmanuel (Chico Xavier) – Fonte Viva (FEB Editora)